domingo, 4 de setembro de 2011

As lâmpadas fluorescentes escondem um perigo: o mercúrio

  Elas seduzem o consumidor, porque consomem menos energia. São mais caras que as comuns, mas duram mais: em média, até três anos. O problema é que, depois de queimadas, o destino quase sempre é um só. Quarenta milhões de lâmpadas fluorescentes vão para o lixo, no país. Cada uma delas carrega, em média, dez miligramas de mercúrio, uma substância tóxica para nosso organismo. Individualmente é pouco. Mas somadas, as lâmpadas, quando são descartadas, jogam no ambiente quase meia tonelada de mercúrio por ano. A quantidade preocupa os especialistas. "É um dos principais poluentes ambientais, levando a doenças mentais, psiquiátricas e, em crianças pequenas, pode levar à má formação. Também pode provocar doenças renais graves", alerta o toxicologista Antony Wong. No Brasil, existem apenas sete empresas de reciclagem de lâmpadas. Elas só recebem volumes grandes, difíceis de se juntar em uma residência. "Nós não temos uma regulamentação hoje que seja federal, ou mesmo estadual, específica para lâmpadas", afirma Roberto Castañon, da Associação Brasileira da Indústria da Iluminação. A cidade de Americana, no interior de São Paulo, saiu na frente. Há três anos, tem uma lei para regulamentar o descarte dessas lâmpadas. O consumidor leva o material para postos de coleta ou para a loja em que comprou o produto. A cada mês, o comerciante encaminha as lâmpadas para a recicladora e arca com parte dos custos. Hoje 73% das lâmpadas fluorescentes vendidas na cidade são recicladas. "O objetivo da cidade de Americana é conscientizar a população na reciclagem das lâmpadas", diz o secretário de Meio Ambiente de Americana , Alexandre Romano.



Fonte: Jornal Nacional, Edição do dia 15/11/2003

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